quarta-feira, 29 de novembro de 2017

O PROFESSOR PESQUISADOR NO ENSINO DE CIÊNCIAS

RESUMO
          Há algum tempo venho me  questionando a respeito dos recursos e a necessidade de formação de um professor pesquisador. Para compreender esse questionamento são indispensáveis três coisas, o papel do professor como docente,  o papel do pesquisador e o papel do professor-pesquisador, tanto na docência de sala de aula, como na docência acadêmica. Esse trabalho se deteve em leituras bibliográficas e busca em sites na internet. Com todas essas pesquisas, todas essas leituras, vendo a opinião negativas de uns que não aceita o professor como pesquisador, e a aceitação e aprovação de outros do professor como pesquisador, cheguei a minha  conclusão , todo professor deve ser um pesquisador, pois a pesquisa não é um privilégio somente dos acadêmicos , o aluno do nível fundamental pode sim aprender muito com pesquisas, e se o professor inserir em suas aulas o hábito de pesquisar seus alunos adquirirão esse hábito da pesquisa, e assim o ensino e a aprendizagem será muito mais prazerosa e significativa.   



Palavra-chave: Formação. Professor. Pesquisador. Pesquisa. Reflexivo. Ensino. Aprendizagem.

Introdução
          Segundo o Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA), o número mais recente divulgado no final de 2010 está entre os cinco países de um total de sessenta e cinco que mais evoluíram em ciências nos últimos cinco anos. Mesmo assim continuamos em 53º lugar no ranking mundial.
          Para mudarmos isso, precisamos de investimentos e boas políticas públicas. Mas cabe ao professor, proporcionar a melhor formação possível aos seus alunos. Um dos caminhos é planejar bem as aulas, com atividades permanentes, planos, projetos e sequencias didáticas que promovam o aprendizado de ciências. E também como não poderia faltar a formação do professor, é indispensável que o professor tenha uma boa formação, para que isso venha refletir em sua sala de aula. Pois um  professor com uma boa formação fará muita diferença na formação de seus alunos. 
          “Devemos criar condições para que os alunos enxerguem a Ciências presente na vida deles”, (diz o professor de Física Cristian Anunciado).

Com isso o professor deve dar sentido o conhecimento prévio do aluno, associando o que o aluno sabe com o que a ciência afirma, tornando assim um conhecimento cientifico mais significativo na vida do aluno.
          Outra preocupação é abrir espaços para que os estudantes desenvolvam o raciocínio crítico. Isso os faz aproximarem-se dos procedimentos científicos como: indagação, formulação de hipótese e busca de evidências que comprovem ou derrubem alguma tese.
          Então um professor-pesquisador é um profissional dotado de todas as características acima citadas.
          Compreendo que a experiência por si só não é formadora (Nóvoa, 2001, Spp.),
Miranda (2006) chama atenção para a necessária reforma curricular onde se garanta uma formação teórica sólida do professor pesquisador, para que em sua pesquisa não haja um preponderância da prática sobre a teoria, uma concordância sobre o conhecimento sistematizado.

Desenvolvimento

          Pode-se definir professor como o profissional que ministra aulas, esse papel a muito vem sendo questionado. Antes esse profissional detinha todo o conhecimento, e depositava em seus alunos aquilo que ele havia estudado. E normalmente esse estudo era lido e repassado para os alunos sem uma visão critica e reflexiva sobre o assunto que se estava estudando.
          Hoje o papel desse professor que detinha o conhecimento mudou, pois o nosso aluno já tem um conhecimento prévio, que ele próprio construiu, o professor agora é o mediador para reordenar esse pensamento prévio com o conhecimento cientifico.
          Já para se definir um pesquisador, é aquele que exerce a atividade de busca, reuni informações sobre um determinado problema e analisa-as, utilizando o método científico  para assim aumentar o conhecimento do assunto que se está pesquisando ou descobrir algo novo. E esse profissional é puramente acadêmico, ou seja, só tem a sua atuação dentro de uma instituição de ensino superior.
          Há um grupo que defende a união dessas duas funções. [...] defensores da pesquisa como elemento essencial no trabalho docente e, consequentemente, nesta visão , os cursos de formação docente devem voltar seus currículos para a preparação dos professores para o exercício dessas atividades ( SANTOS , 2004,p.15 ).
          A pesquisa irá dá a possibilidade aos professores, a executar com os alunos , à formulação de novos conhecimentos ou questionamentos já existentes.
          Mas a prática da  pesquisa na educação não pode em hipótese alguma ser mais importante que o ensino , onde possa achar que a pesquisa em si é a solução de todos so problemas da educação.
As duas práticas tanto o ensino quanto a pesquisa devem andar juntas para um bom relacionamento entre o contexto e as praticas pedagógicas e de ensino. Uma não deve nunca sobrepor a outra.
          E há também um grupo em que defende que essas duas atividades devem andar separadamente, em que a atividade de ensinar é distinta a atividade de pesquisar e devem ter formações diferentes, como os que afirmam:
          [...] o professor e o pesquisador têm trajetórias profissionais distintas e, portanto, a formação desses profissionais deve estar voltada para o desenvolvimento de  competências compatíveis com o exercício de cada uma dessas funções ( SANTOS, 2004, P. 14 ).
          Então com tantas divergências a respeito, como podemos fazer essa associação entre esses dois profissionais, fazendo com que tanto o professor seja um pesquisador e o pesquisador seja um professor?
          Em primeiro lugar deve-se ter uma mudança de postura desses profissionais. Mudar suas concepções, suas práticas, deixando de lado tudo àquilo que entrava o aprendizado do aluno.
          Depois a reflexão sobre suas práticas, deixando de lado aquela concepção de que a pesquisa só interessa ao aluno acadêmico, vendo que tanto o aluno do fundamental  como o aluno acadêmico têm condições de aprender na pesquisa, pois é dai que esses profissionais poderão ter condições de se avaliar e com isso modificar suas ações.
          Então o professor que deseja ser um pesquisador tem que saber juntar essas duas práticas tanto de ensinar como de pesquisar, fazendo com que o aluno perceba que o ensino com a pesquisa deixa muito mais fascinante a arte de aprender.
          Segundo a LDB no seu Artigo 13  cita o papel do professor  que está muito além da simples transmissão de conhecimentos, e que ele é o grande responsável para a construção de uma educação cidadã. Subtende-se assim que a LDB incentiva à profissão do professor-pesquisador.
          Como diz o filosofo: “O verdadeiro objetivo da Educação não é meramente prover informação, mas o estímulo de uma consciência interna” (ALGHAZALI ) . 

CONCLUSÃO

          Quis-se apresentar nesse trabalho tanto o papel do professor como o do pesquisador, e com isso fazer uma junção entre essas duas profissões, mostrando assim que o professor-pesquisador tem um papel muito importante na formação do aluno. É ele que faz a associação entre o saber prévio do aluno que é aquele saber em que o aluno aprende em casa, na sua vivencia e aperfeiçoar esse conhecimento com o conhecimento científico adquirido pelo professor na sua formação.
          O professor-pesquisador torna-se uma fonte de conhecimentos dentro da sala de aula com elementos teóricos que permite a compreensão e um direcionamento a uma ação consciente . Fazendo o aluno juntar os conhecimentos básicos dos teóricos. Com isso o professor-pesquisador tem um grande desafio pela frente, que é o de transformar as suas práticas pedagógicas  acadêmicas no grande fascínio do ensino-aprendizado.

REFERENCIAS


SANTOS,L. C . P. Dilemas e Perspectivas na relação entre ensino e pesquisa. In ANDRE, M .         ( Org. ) . O papel da pesquisa na formação e na prática dos professores. Campinas: papiros, 2004, p. 11 – 25.

CACHAPUZ,Antonio.GIL-PEREZ.Daniel. CARVALHO,Anna Maria Pessoa de.PRAIA.João  VILCHES. Amparo.A Necessária Renovação do Ensino de Ciência- 2º edição- Cortez.

POZO.Juan Ignacio. CRESPO.Miuel Ángel Gómes. A Aprendizagem e o Ensino de Ciências- Do conhecimento Cotidiano ao Conhecimento Científico. 5º edição- Artmed. 

Professora Tânia Menezes

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